sábado, 24 de maio de 2008

A Responsabilidade e a Ética no Jornalismo

É crescente o número de formandos na aréa de jornalismo. Com isso cresceu também a preocupação com a responsabilidade e a ética nos meios de comunicação. Cada vez mais, vemos nas redações demostrações de pessoas despreparadas e que não agem com imparcialidade diante das situações. O interesse pessoal tem deixado que muitos profissionais e grandes meios de comunicação se aproveitem do poder de manipulação que exercem sobre parte da sociedade.

Uma das demostrações do estrago que um jornalista pode causar a uma empresa e a seus leitores é o caso Stephen Glass, jornalista norte-americano que, no final dos anos 90, publicava artigos para “The New Republic”. Muito requisitado por suas pautas mirabolantes, diante de uma carreira que parecia brilhante, foi descoberto por um jornalista de uma revista concorrente. O que era um grande furo de reportagem coberto por Glass, não passava de uma história fantasiosa.Vinte e sete dos 41 artigos publicados e assinados por ele eram histórias ou fatos manipulados, tirados de sua imaginação fértil.

Temos ainda o caso da “Veja”, revista semanal que já foi de grande prestigio, com rico conteúdo. Hoje vem manipulando e distorcendo fatos, de acordo com seus interesses. Uma demostração foi no período do mensalão. “Veja” dedicou 15 capas seguidas, durante quase quatro meses, com afirmações e induções, que até hoje não foram confirmadas. Nada contra que se denuncie, porém, que façam baseadas em fatos concretos. Não em hipóteses. Acredito que hipóteses não merecem 15 capas. Isso leva a crer que existe algum interesse por trás dessa perseguição.

Recentemente, com a renúncia de Fidel Castro, “Veja” dedicou uma capa com a seguinte chamada: “Já vai tarde”. Prova de que “Veja” não vem fazendo um jornalismo imparcial. Na realidade o que da a entender é que as matérias não estão sendo direcionadas a informação e sim a opiniões, interesses e pontos de vista de seus representantes.

No blog do colunista, Reinaldo Azevedo, há mais uma prova da falta de ética, responsabilidade e imparcialidade diante do leitor e das noticias. Criticas ferrenhas, mal acentuadas, com palavras de baixo calão, ofensas diretas e racismo explicito ao candidato a presidência dos Estados Unidos Barack Obama. Uma revista com tanta estrutura e poder sobre uma sociedade não deveria admitir tamanho desrespeito.

Esses são apenas alguns casos entre muitos. Situações crescentes e preocupantes, pois mostra a realidade. No lugar da objetividade, honestidade e imparcialidade, a que o jornalista deveria possuir segundo se espera a sociedade, está a pressão do sistema ou o benefício pessoal, para que seja relatado os fatos segundo seus interesses institucionais, econômicos e políticos. Torçamos para que seja reconstruído e redirecionado os valores da ética e da verdade, entre nós, futuros profissionais.

Porém, em contrapartida, sei que existe serios profissionais dispostos a lutar contra esses jornalistas despreparados, e levar informações consistentes e de grande valor para a sociedade.

Joelma Aparecida
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