domingo, 25 de maio de 2008

1968 "O ano que não terminou"

O livro de Zuenir Ventura, editado em 1988, retrata com seriedade e um toque de descontração, os acontecimentos do ano. Começa com o famoso “Réveillon da casa da Helô”, onde o casal Luís e Heloísa Buarque de Hollanda, organizaram a festa que marcou a história. Quase tudo aconteceu, até os discretos conseguiram um momento de destaque com os acontecimentos inesperados da festa. E com certeza essa festa dizia o que estava por vir.

O livro destaca a mudança, ou o desejo de mudança, dos jovens da época. As mulheres queriam se libertar, queriam sair daquela rotina de serem apenas donas de casa e suportar um casamento até o fim de suas vidas. Houve muitas separações, muito pega-pega. E assim estava iniciando um novo começo. A juventude de todo o mundo parecia iniciar uma revolução planetária.

Os maiores lideres do movimento estudantil que começaram a organizar essa revolução foram Vladimir Palmeira, Luis Travassos, Franklin Martins, Jean-Marc, José Dirceu entre outros. Segundo o livro, o grande trauma da geração é que diante de todos os protestos, muitos foram presos, exilados, torturados e mortos. E ainda assim não se chegou a lugar nenhum. Mas o fato é que aquela geração mudou muito o comportamento.

Naquela época discutia-se muito sobre tudo, seja nos bares, nas passeatas, na praia. Discutia-se sobre os efeitos da pílula anticoncepcional, as teorias inovadoras de Marcuse, as idéias de Lukács, o revisionismo de Althusser, o tamanho das saias, dos cabelos... Enfim, tudo e todos era motivo para se debater. E o intrigante dessa geração é que os estudantes eram muito intelectualizados. Era uma geração inteligente.

Os estudantes da época reivindicavam seus direitos, com manifestações diante da polícia e das autoridades. As manifestações e as reivindicações eram variadas. Seja na música, no teatro, nas ruas, geralmente o desejo era o mesmo: abaixo a ditadura. E o direito de ser livre, o famoso “É proibido, proibir”.

O livro trata também da morte do estudante Edson Luiz, morto pela PM. Cinquenta mil pessoas acompanharam o corpo até o cemitério São João Batista. Zuenir relatou os comentários de alguns jornais, a participação de alguns representantes e opositores, como Carlos Lacerda, Leonel Brizola, Costa e Silva, José Sarney, Glauber Rocha, Major Rebouças, personagens da Tropicália,
Os Mutantes, Carlos Chagas, entre outras várias personalidades que fizeram história naquele ano, seja na política, no teatro, na musica. Aquele foi o ano onde todos tiveram seu espaço. Todos lutaram e, de alguma forma, se expressaram..

"A Sexta-Feira Sangrenta" ficou marcada. Durante dez horas, o povo lutou contra a polícia nas ruas, com paus, pedras e muita pancadaria. Lutavam contra uma ditadura de carne e osso e muita disposição para reagir. E a verdade era que a polícia se intimidou diante dos estudantes, que estavam dispostos a tudo. Foram ataques suicidas da polícia contra populares e estudantes. Vladimir Palmeira, estava em todas as situações descritas no livro, seja como combatente, como líder e até como vítima. Alías vítimas eram todos que lutavam contra a ditadura.

A Passeata dos Cem Mil transcorreu sem nenhuma pancadaria. O que foi surpresa para todos, pois após a sexta sangrenta, o esperado era a pancadaria. Compareceram a Tropicália, ilustres, atores, padres, intelectuais, personagens da cultura carioca, estudantes, líderes e admiradores. Todos estavam ali. Vladimir nem imaginava que essa passeata levaria tanta gente as ruas. E daí em diante, começavam os discursos e as reivindicações. Uma das reivindicações e até a maior delas, era que a polícia devolvesse os corpos dos estudantes mortos.

O intrigante é que havia também uma crise política vivida pelo regime militar naquele ano. Após a passeata foram meses em que as forças militares tentaram coibir e coagir, de todas as formas, quem se propusesse a se manifestar ou tentasse atacar a polícia. A ordem era matar. Muitos foram exilados, torturados e tiveram que sair de cena, durante algum tempo. Após muita censura, muitas lutas e varias tentativas de vitórias e muitas derrotas, o ano chegou ao fim juntamente com a promulgação do AI5 pelo então presidente Costa e Silva. A data mais especifica é o dia 13 de Dezembro. O livro é uma leitura surpreendente da resistência daqueles jovens que transformaram nossa sociedade.

Joelma Aparecida
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sábado, 24 de maio de 2008

A Responsabilidade e a Ética no Jornalismo

É crescente o número de formandos na aréa de jornalismo. Com isso cresceu também a preocupação com a responsabilidade e a ética nos meios de comunicação. Cada vez mais, vemos nas redações demostrações de pessoas despreparadas e que não agem com imparcialidade diante das situações. O interesse pessoal tem deixado que muitos profissionais e grandes meios de comunicação se aproveitem do poder de manipulação que exercem sobre parte da sociedade.

Uma das demostrações do estrago que um jornalista pode causar a uma empresa e a seus leitores é o caso Stephen Glass, jornalista norte-americano que, no final dos anos 90, publicava artigos para “The New Republic”. Muito requisitado por suas pautas mirabolantes, diante de uma carreira que parecia brilhante, foi descoberto por um jornalista de uma revista concorrente. O que era um grande furo de reportagem coberto por Glass, não passava de uma história fantasiosa.Vinte e sete dos 41 artigos publicados e assinados por ele eram histórias ou fatos manipulados, tirados de sua imaginação fértil.

Temos ainda o caso da “Veja”, revista semanal que já foi de grande prestigio, com rico conteúdo. Hoje vem manipulando e distorcendo fatos, de acordo com seus interesses. Uma demostração foi no período do mensalão. “Veja” dedicou 15 capas seguidas, durante quase quatro meses, com afirmações e induções, que até hoje não foram confirmadas. Nada contra que se denuncie, porém, que façam baseadas em fatos concretos. Não em hipóteses. Acredito que hipóteses não merecem 15 capas. Isso leva a crer que existe algum interesse por trás dessa perseguição.

Recentemente, com a renúncia de Fidel Castro, “Veja” dedicou uma capa com a seguinte chamada: “Já vai tarde”. Prova de que “Veja” não vem fazendo um jornalismo imparcial. Na realidade o que da a entender é que as matérias não estão sendo direcionadas a informação e sim a opiniões, interesses e pontos de vista de seus representantes.

No blog do colunista, Reinaldo Azevedo, há mais uma prova da falta de ética, responsabilidade e imparcialidade diante do leitor e das noticias. Criticas ferrenhas, mal acentuadas, com palavras de baixo calão, ofensas diretas e racismo explicito ao candidato a presidência dos Estados Unidos Barack Obama. Uma revista com tanta estrutura e poder sobre uma sociedade não deveria admitir tamanho desrespeito.

Esses são apenas alguns casos entre muitos. Situações crescentes e preocupantes, pois mostra a realidade. No lugar da objetividade, honestidade e imparcialidade, a que o jornalista deveria possuir segundo se espera a sociedade, está a pressão do sistema ou o benefício pessoal, para que seja relatado os fatos segundo seus interesses institucionais, econômicos e políticos. Torçamos para que seja reconstruído e redirecionado os valores da ética e da verdade, entre nós, futuros profissionais.

Porém, em contrapartida, sei que existe serios profissionais dispostos a lutar contra esses jornalistas despreparados, e levar informações consistentes e de grande valor para a sociedade.

Joelma Aparecida
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A primeira aventura em Brazlândia


História contada em 1ª pessoa

No dia 16 de março, tivemos uma experiência maravilhosa no mundo jornalístico. Na realidade, nossa primeira experiência. Estamos cursando o primeiro semestre de jornalimos no Iesb. E, logo de início, como trabalho de filosofia, eu e mais duas amigas, Jéssica e Giselle, fomos a Brazlândia realizar um censo. O assunto era a prática de esportes na cidade e a qualidade de quadras e campos esportivos. Neste trabalho, a filosofia se encaixava na observação do ser e no seu comportamento.

A princípio, visitamos escolinhas de futebol, que são patrocinadas pela administração regional e alguns cidadãos comuns, que têm como objetivo ajudar as crianças carentes da região. Notamos que é uma cidade com muitos projetos sociais voltados à pratica de esportes. Isso, enquanto estávamos sendo acompanhadas por um representante da administração de Brazlândia. Entre paças, quadras, e campos, fomos parar no meio de um campeonato de futebol. Ali a esperiência foi mais emocionante.

Começamos as entrevistas. Eu fui para um lado e as meninas para outro. Após algumas abordagens, deparei-me com a real situação: a maior parte das pessoas são leigas quanto aos projetos sociais existentes em sua cidade. Muitos praticam esporte apenas por lazer e descontração. Existem também os que não praticam esporte algum. E, ainda assim, estavam lá na beira do campo, apenas para beber e zoar, como um jovem disse.

Em determinados momentos, cheguei a ter medo. Ali estavam pessoas de todos os tipos. Os estilos eram variados, de "bebuns" a pessoas de bem, que estavam ali para brincar e praticar seu esporte por prazer e lazer.

Uma das experiências que me tocaram, ocorreu na praça central, próximo à rodoviaria da região. Quando estava atrás de alguma pessoa que pudesse acrescentar ao meu trabalho, depareí-me com um casal de idosos, sentados num banquinho, curtindo a sombra de uma árvore. A princípio, tive medo, medo de interromper a conversa e não ser bem recebida. Mas, foi o inverso. A recepção foi bem-vinda, e os velhinhos acrescentaram mais que todas as outras entrevistas. Falaram que participam de projetos esportivos voltados a idosos, e que foi lá que se conheceram e que se sentem muito bem a cada novo dia. Em meio a entrevista, já estava me sentindo meio intima. Muitas histórias contadas por eles já estavam me emocionando. Minha vontade era ajudar. Percebi que o fato de eu estar ouvindo seus causos, para eles era como se estivessem sendo presenteados. Então decidi ajudar, dando ainda mas a minha atenção. Sai de lá com uma vibração incrível e a sensação de que muitas vezes pensamos que a única forma de ajudar alguém é com dinheiro. E, no entanto, muitas vezes as pessoas só precisam ser ouvidas, se sentirem importantes, e sentir que alguém dá importância a suas histórias. O que era pra ser uma entrevista sobre a prática de esportes, acabou sendo uma grande lição de vida.


História contada em 3ª pessoa.

Alunos do curso de jornalismo têm sua primeira esperiência na prática

Estudantes do 1º semestre do curso de jornalismo da faculdade Iesb tiveram sua primeira esperiência em entrevistas. O professor de filosofia decidiu colocar os alunos na rua, com o objetivo de fazer um lenvantamento sobre o esporte nas cidades e avaliar como anda o nivel de observação de cada aluno sobre o comportamento de outras pessoas e os acontecimentos a sua volta. As alunas Jéssica, Giselle e Joelma foram a Brazlândia. Relataram ser uma cidade com muitos projetos sociais. Porém, notaram que grande parte da população desconhece isso.

As três visitaram alguns projetos e escolinhas de futebol, patrociandas pela administração local e alguns moradores, que têm por objetivo tirar as crianças da rua e da ociosidade. As entrevistas foram realizadas em quadras poliesportivas, campos de futebol em que estavam sendo realizados torneios, e praças da cidade.

Um dos momentos marcantes para uma dessas estudantes foi uma entrevista realizada com um casal de idosos, em que foi tirado, inclusive, grandes lições de vida e aprendizado.

Joelma Aparecida
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Documentário Millenium 1968

O Video Millenium trata de uma entrevista com Todd Gitlin que, em 1964, foi presidente do SDS, um dos movimentos estudantis mais radicais e influentes da época. Atualmente, Todd Gitlin é professor de jornalismo e sociologia na Columbia, uma das universidades de maior prestigio nos Estados Unidos. Para ele, o ano de 1968 foi marcado pela luta da direita com a esquerda, a polarização dos EUA que foi impulsionada pela luta dos direitos civis. Acredita também que todos os movimentos, sem a guerra do Vietnã, não teriam sido tão conflituosos como de fato foram. Todd afirma que os EUA podem aceitar hoje os gays, que mulheres tenham autoridade, que negros tenham condições de igualdade como os brancos, devido, principalmente, aos acontecimentos culturais de 68. O processo tinha a tendência de se dirigir para uma posição de abertura.

Para Todd, o ano de 68 não tem quase nenhuma semelhança com 2008. Hoje, não temos uma revolta cultural. Mudanças culturais na eletrônica, na música, no estilo e assim por diante são acontecimentos normais. Para ele, o individualismo americano triunfou. A tradição política ficou muito diferente. Todd lembra que estamos vivendo hoje uma guerra, apesar de nenhuma evidência dela. Os acontecimentos em algumas partes estão muito sutis.

Perguntado sobre as peculiaridades entre John Kennedy e Barack Obama, Todd diz que o ex-presidente era mais experiente e tinha mais aliados. Seu Pai era importante política e economicamente, havia sido embaixador em Londres, cumpriu três mandatos na Câmara e um no Senado, concorreu a vice-presidência em 1956. Obama é novato e o povo se identifica. Devido a sua capacidade pessoal, ele transmite talvez a esperança que o povo americano tanto busca. Todd acredita que quem se tornar presidente daqui a um ano, terá que encarar sérios problemas, seja no meio ambiente, na política, na economia, e até moralmente. Para ele, Bush se perdeu e será difícil recuperar esses oito anos em que os EUA esteve errando.

Joelma Aparecida
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Ética no Jornalismo

Questões abordadas.

1- Um repórter mente e suborna fontes para obter informações de interesse público, as quais não teriam acesso se identificasse como jornalista?

A meu ver subornar não deve. Mesmo porque, subornando ele acaba se tornando corrupto, e quebrando a ética. Porém, omitir a identidade é natural. Existem diversas apurações, principalmente investigativas, nas quais, se o jornalista se identifica, não consegue concluir a apuração, pois todas as portas serão fechadas e os acessos, negados. Tratando-se de noticia de interesse público, acredito que ele não só pode, como deve.

2-O Jornalista deve publicar uma reportagem mesmo sabendo que ele pode prejudicar as pessoas?

Isso depende. Se for uma noticia que vá prejudicar um cidadão de bem, sem fatos e provas concretas, não deve ser publicado. Temos muitos casos que ilustram bem esta situação. O caso da mãe acusada de colocar cocaína na mamadeira da filha mostra essa realidade. Diariamente, pessoas são acusadas pela mídia e depois é provado a inocência delas. No caso da jovem mãe presa, ela foi humilhada, apanhou na cadeia, perdeu a saúde, a paz, e depois foi provada sua inocência. O dano causado foi irreparável. Porém, em contrapartida, uma notícia tipo denúncia de u Bingo, que funciona clandestinamente, vai prejudicar o dono e as pessoas que trabalham lá. Isso deve ser denúnciado. Assim, cada caso deve ser analisado, para que não se cometam injustiças.

Portanto, toda notícia apurada e comprovada, deve ser publicada para conhecimento do leitor.

Joelma Aparecida
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quinta-feira, 22 de maio de 2008

O ano em que os Estados Unidos parou: 1938, a invasão marciana

Os Estados Unidos parou no dia 30 de Outubro de 1938, com o grupo de teatro Mercury, liderado por Orson Welles. Baseado na ficão de H.G. Wells, criada em 1898, Orson encenou a história, na rádio CBS, no formato de uma novela radiofônica, com chamadas ao vivo, confundindo o ouvinte, que ligava o rádio atrás de notícias e se deparava com uma situação de pânico e terror.

Em uma das chamadas, o locutor afirma estar diante de um ser de outro planeta, que seria enorme e estava matando toda a população. Ao final, o locutor fica mudo, como se estivesse sido atingido. A população ficou enlouquecida, muitos foram às ruas, outros congestionaram as linhas telefônicas, buscando informações de parentes. Houve casos de pessoas que tiveram ataques cardíacos. Após os minutos de silêncio ao final da programação, Orson entrou novamente ao vivo, dizendo que se tratava de uma ficção. Porém, era tarde. A população já havia entrado em pânico e ido às ruas.


Depois deste caso de irresponsabilidade nos Estados Unidos, outros se repetiram. No Brasil, houve um parecido no Maranhão. Tamanha falta de responsabilidade e ética colocou toda uma população em estado de alerta e pânico. O que nos leva a questionar. Ao nos depararmos com notícias impactantes, devemos sempre procurar outras fontes para certificar-nos, da veracidade da notícia.

Joelma Aparecida
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sexta-feira, 9 de maio de 2008

Aguardem...

Esse é o começo de um trabalho que realizarei, baseado em aprendizado continuo da minha vida de estudante de jornalismo. Pretendo retratar por meio de textos e fotos, algumas reflexões de noticias e acontecimentos a nossa volta, e que mexem com nossos conceitos e valores. Muito breve estarei em ação!

Joelma Aparecida
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